Data: 12/02/2018
Autor: Israel William Fernandes
A ministração foi profunda e evidenciou o privilégio de estarmos em um Estado laico (liberdade religiosa) e poder bradar o nome de Jesus em qualquer praça, rua ou esquina, seríamos apenas chamados de loucos ou radicais, mas cá entre nós, somos, ou não somos? Bom, ao menos deveríamos ser loucos por Jesus. Por vezes, fazemos da liberdade que temos em Cristo como libertinagem e servimos ao Senhor de qualquer forma e de qualquer jeito. Mas, quando olhamos para uma cultura rígida, regada e fiel aos seus preceitos e conceitos, ficamos rubros e o certo é ficarmos. Afinal, todo esforço e destreza para um caminho que não levarão o povo muçulmano ao céu. E o sonho da moça que foi contado, corrobora com tal afirmação. O sonho foi o seguinte: ela sonhou que seu povo subia uma rampa até o céu e enquanto caminhava, apareceu Jesus. Entretanto eles não o aceitaram como Senhor e não foram salvos e desceram (Rm 10:9-10). O sonho foi testemunhado ao grupo que não o compreendeu totalmente até a moça bradar: “Vocês não estão entendendo? É o meu povo que não quis aceitar a Jesus e irá para o inferno!”.
O alcorão cita Jesus algumas vezes, o que é impressionante. Embora, seus leitores estejam cegos demais para enxergar o Filho de Deus (2 Co 4:4), e ver o trabalho árduo das missionárias, trabalho de muita paciência, abnegação e dedicação total para reeditar a imagem que foi construída sobre Jesus e criar a verdadeira imagem para aqueles que não conhecem a Jesus. O trabalho com as mulheres muçulmanas é magnífico e os frutos são visíveis. Confesso que me impressiona a entrega deste povo ao se converter a Cristo. Para nós, é uma decisão simples e às vezes, muitos a tomam sem de fato pensarem bastante no que estão fazendo. No caso delas, há um risco de morte, açoite, desprezo e desfiliação familiar e cultural. Riscos pesados demais para tomar a decisão, e uma vez tomada, a vida cristã certamente não será fácil e nem tranquila. O risco real precede a uma conversão genuína.
Deus tem usado demais as missionárias, e os esforços empregados não tem sido em vão e certamente não serão. Ao final da ministração, nos encontramos pensando profundamente e refletindo sobre toda a liberdade que temos e o que fazemos com ela, somos mais de 50 milhões de cristãos, mas me pergunto: é apenas um número? Quando olhamos para a nossa nação entregue a corrupção e a tantas calamidades, penso que esse número deveria representar muito mais e não paro de pensar no que Jesus diz em Mt 15:8 ao citar Is 29:13. Jesus diz: “Este povo honra-me com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim.”.
Israel William Fernandes
