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Retorno à Baixada Santista

Data: 17/02/2015
Autor: Carina Felix da Silva

A volta ao Brasil ocorreu no dia 17 de fevereiro de 2015. Logo pela manhã deste mesmo dia já estávamos todos com condições de embarcar as bagagens no ônibus, prontos para nossa última reunião na igreja antes de partir.

Embarcamos no ônibus em torno de 16hs. Foi muito agradável entrar nele por causa do ar-condicionado, pois no Paraguai estava fazendo muito calor. A poltrona também era bem mais confortável que meu colchonete e havia wi-fi. Os irmãos coordenadores da viagem foram muito atenciosos na questão de nos promover conforto. Eles trouxeram bastante água, refrigerantes, bolachas doces e até almôndegas que a irmã Lisa havia preparado!

Ao embarcar e começar a viagem de retorno ao nosso país, minha mente passou a fervilhar com as lembranças dos problemas que eu havia deixado no Brasil. Graças a Deus isso só aconteceu na volta, pois Satanás havia armado uma grande armadilha contra mim para que eu não conseguisse me concentrar durante a missão e nem me dedicar à obra. Porém, com a força do Senhor, não dei audiência para isso me desanimar e estive por bastante tempo do caminho em oração, sempre confiando que tudo está no controle do nosso Deus mesmo nas dificuldades. As pessoas que o Senhor colocou ao meu redor também me ajudaram bastante. A animação do povo de Deus é contagiante! No final das contas, quando retornei ao Brasil, o Senhor já havia cuidado de toda a minha situação enquanto eu estava na missão e me deu vitória para a glória dEle (Sl 37:1-6)!

A paisagem do Paraguai foi muito agradável aos meus olhos. O que mais gostei, particularmente, foi da terra avermelhada. Senti vontade de botar em um pote e trazer para a minha casa! A quantidade de árvores vistas mesmo em meio ao centro comercial de Ciudad del Este cheio de prédios enormes e glamourosos também me impressionou, assim como a quantidade de bandeiras do Paraguai espalhadas em diversas pracinhas ao longo do percurso, passando uma mensagem para mim de que o povo paraguaio é patriota. Um pequeno trecho me remeteu ao Brasil, quando notei barracas montadas no centro, lembrando o nosso famoso “camelô”. Senti muita vontade de visitar os diversos shoppings de lá, mas não houve tempo, pois o nosso foco foi evangelizar sempre, graças a Deus e para a glória dEle. As demais cidades, como Hernandárias em que fomos realizar a missão, são bem mais simples... não são como Ciudad del Este, que faz fronteira com o Paraná através da Ponte da Amizade. Anotei e filmei o nome de algumas lojas para entrar no site e dar uma olhada depois. Eu não imaginava que o Paraguai pudesse ter tantos produtos de boa qualidade, pois a imagem que é passada aqui no Brasil é que tudo de lá é falsificado, mas não é assim na realidade. No Paraguai há muitos prédios magníficos de lojas bem reconhecidas mundialmente.

Voltando ao assunto da travessia, o Senhor novamente realizou um milagre ao não ter ocorrido empecilho algum para atravessarmos a fronteira, assim como foi na viagem de ida. Os guardas não implicaram conosco e não quiseram revistar todas as bagagens. Pouco antes de atravessarmos, a Miss. Anarias comprou comida típica da região para repartirmos. Era a “Chipa Paraguaia”, em formato de rosquinha. A massa parecia com a de pão-de-queijo, só que mais densa, amarela e dura. Alguns irmãos reclamaram de sentir gosto de ovo muito forte, já outros se empanturraram!

O irmão Rogério aproveitou um momento em que todos estavam tranquilos e a estrada também para ir de banco em banco registrando depoimentos de cada um sobre a viagem com sua câmera do celular. Alguns, como eu, falaram pouco ou até mesmo nem falaram nada pessoal, mas creio que todos tiveram uma grande experiência individual com Deus. Todos estavam radiantes e impactados com os acontecimentos desses dias de missão.

Fizemos duas paradas rápidas, levando cada uma em média 20 minutos. Primeiro paramos na cidade de Candói (PR) para o jantar do dia 17/02/15 (terça) e o clima estava úmido e um pouco frio, como se tivesse chovido há pouco tempo. A segunda parada foi em Pariquera-Açu (SP) na manhã do dia 18/02/15 (quarta) para o café da manhã, e dessa vez muitos irmãos permaneceram no ônibus dormindo por causa do horário (em torno de 7:30hs), pois também estávamos perto de chegar à Baixada Santista.

Chegamos à Baixada Santista em torno de 10:30hs e os irmãos já desceram com todas as suas bagagens ao longo do caminho, dispensando o descarregamento na igreja OBPC (base missionária) de Praia Grande. Ao invés disso, os passageiros de Praia Grande e Piracicaba desceram na casa do irmão Rogério, o qual deu carona para alguns, e outros irmãos foram por seus próprios meios. Os outros desceram em Itanhaém (antes de Praia Grande), e posteriormente em São Vicente, Santos e Cubatão. Assim foi nossa chegada.

Voltando para relatar alguns acontecimentos do ônibus. Durante o trajeto ouvi alguns irmãos partilharem do mesmo sentimento que eu, dizendo que não gostavam de viajar de ônibus e ter receio de pegar estrada por conta dos acidentes, mas que nessa viagem, assim como eu, ficaram tranquilos quanto a todas essas coisas. O tempo pareceu ter passado bem mais rápido do que esperávamos. Na volta estávamos em maioria cansados, porém realizados, contentes por termos sido usados. Passamos pela Ponte da Amizade rumo ao Brasil e deixamos para trás sementes no Paraguai, esperando termos a oportunidade de voltar em 2016 e vermos pelo menos brotos se desenvolvendo para se tornarem grandes árvores frutíferas!

Os que não pegaram no sono assistiram a um filme cristão que nosso irmão Rogério colocou no DVD do ônibus chamado “A segunda chance”. A volta foi em sua maior parte quieta, exceto à noite, em que muitos irmãos contaram diversas histórias constrangedoras e engraçadas que aconteceram em suas vidas. Coisas que não se compartilham com qualquer um! Depois da brincadeira, compartilharam muitos milagres e testemunhos pessoais também, contribuindo uns com os outros na edificação da fé. A comunhão foi algo natural que aconteceu. Repartimos muitas experiências e lanches também! Creio que isso foi reflexo do que foi gerado durante essa missão: nós nos tornamos mais do que irmãos de fé, nos tornamos grandes amigos (Pv 18:24).

E que venham mais bênçãos como essa viagem em nossas vidas!